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Condomínios-clube invadem a Zona Sul do Rio

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Espaço fitness de um dos condomínios-clube da Zona Sul, desenvolvido pela Concal (Foto: Divulgação)

Espaço fitness de um dos condomínios-clube da Zona Sul, desenvolvido pela Concal (Foto: Divulgação)

Rio de Janeiro – Aquela tendência de condomínios estilo clube, já disseminada na Barra da Tijuca, está chegando aos bairros da Zona Sul do Rio. Foram lançados, entre 2009 e 2011, mais de 10 empreendimentos que contam com itens como spa, espaço gourmet, sauna, brinquedoteca e piscinas para diferentes faixas etárias. Todos concentrados em bairros como Botafogo, Leblon, Gávea e Lagoa. Será que essa moda pega? Apesar de a praia ser a grande vedete da região, dizem especialistas do ramo que a demanda por este tipo de condomínio é crescente.

“Estamos desafiando os limites físicos para encaixar essas áreas de lazer em terrenos menores do que os da Barra. O investimento eleva o preço do imóvel em 3% se comparado com um apartamento da mesma tipologia, em um prédio convencional, já que o valor final de uma unidade é formado por 70% do custo do terreno e 30% do custo de obra. E o caro na Zona Sul é o custo do terreno”, explica Isaac Elehep, sócio-diretor da Mozak Engenharia, que conta com cinco empreendimentos-clube na Zona Sul.

O preço do imóvel em um empreendimento desse porte pode até não sofrer grandes aumentos. Mas e quanto ao condomínio? Qual seria o impacto da taxa no bolso do comprador de um apartamento no Leblon, onde a lei só permite a construção de edifícios com, no máximo, seis pavimentos? De acordo com Bianca Carvalho, diretora da Concal, é importante investir em soluções para reduzir o consumo de energia e água, entre outros itens que contribuem para o aumento significativo da taxa.

Espaço de reporuso do Condomínio-clube Mallorca, projeto para a Zona Sul (Foto: Divulgação)

Espaço de reporuso do Condomínio-clube Mallorca, projeto para a Zona Sul (Foto: Divulgação)

“Em um edifício na Barra com 240 apartamentos, por exemplo, o condomínio gira em torno de R$ 1.300. No entanto, o condomínio do nosso empreendimento no Leblon, de seis pavimentos com um apartamento por andar, custa o mesmo valor. Isso porque nós investimos em sistemas inteligentes de controle de luz e água, itens que interferem bastante na taxa”, explica Bianca.

Perfil de comprador do condomínio-clube na Zona Sul – O perfil de quem procura esse tipo de imóvel na Zona Sul é, geralmente, formado por investidores e pessoas de estados vizinhos.

“Nos últimos três anos, paulistas e mineiros que vinham ao Rio para passar temporadas ou mesmo morar definitivamente procuravam condomínios com essas características, pois correspondem ao tipo de empreendimento em que viviam em suas cidades”, explica Bianca.

Mas as famílias cariocas também englobam uma fatia desse mercado. Em Botafogo, a Mozak Engenharia apostou em empreendimentos com até quatro quartos, que incluem todos esses serviços. Lá, os apartamentos custam de R$ 800 mil a R$ 1 milhão. Já para o Leblon, a empresa deixou os apartamentos de dois quartos, com valores a partir de R$ 1,5 milhão, direcionados a investidores e a quem chega à cidade para passar curtas temporadas.

A Concal, por sua vez, apostou na estratégia contrária. Em Botafogo, investiu em imóveis de dois e três quartos, com preços que variam entre R$ 800 mil e R$ 850 mil. Na Gávea e Lagoa também é possível encontrar esse tipo de imóvel, mas com preços mais salgados: são opções voltadas para executivos que vêm de fora para trabalhar. Já os apartamentos com suítes e duplex ficaram no Leblon com valores que giram em torno de R$ 4,5 milhões. E Bianca explica o motivo:

“Quem mora no Leblon não se acomoda mais numa estrutura menor do que de quatro quartos. E tem muita gente buscando imóveis para morar no bairro”, diz Bianca. “Já os executivos que vêm trabalhar aqui por curtos períodos precisam ter tudo a mão, inclusive um espaço de lazer para usufruir depois do trabalho.”

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